Impacto no Brasil! Ex-comandante do Exército confirma que alertou Bolsonaro: "As Forças Armadas NÃO apoiarão golpe"

Em uma revelação que pode ser decisiva para o futuro judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-comandante do Exército Brasileiro, general Marco Antônio Freire Gomes, confirmou nesta terça-feira, 20 de maio de 2025, perante o Supremo Tribunal Federal (STF) que alertou pessoalmente o então presidente de que as Forças Armadas não apoiariam nenhuma iniciativa que violasse a Constituição Federal no turbulento período pós-eleitoral de 2022. Freire Gomes admitiu ter recebido um plano do governo Bolsonaro visando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

O depoimento do general (aposentado) Marco Antônio Freire Gomes perante o Supremo Tribunal Federal acrescentou uma peça crucial ao complexo quebra-cabeça do suposto plano de golpe que buscava subverter os resultados das eleições de 2022 no Brasil. Suas declarações, feitas no âmbito da investigação liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, reforçam as acusações contra Jair Bolsonaro e seu círculo íntimo.
O Alerta Direto a Bolsonaro
Freire Gomes contou que, em diversos encontros políticos com Bolsonaro e ministros de seu governo (2019-2022), deixou clara a posição institucional do Exército. Em um desses encontros, após ser apresentado a um plano para impedir Lula da Silva de assumir a presidência, o general alertou Bolsonaro de que o Exército não participaria de tal empreitada e que ele deveria considerar todos os aspectos legais e o apoio nacional e internacional antes de tomar qualquer medida drástica.
"O que alertamos o presidente foi que ele deveria estar atento a todos esses aspectos. E que no Exército não participaríamos de nada que ultrapassasse nossa competência constitucional", declarou Freire Gomes, segundo seu depoimento. No entanto, o ex-comandante negou ter ameaçado prender Bolsonaro caso ele tentasse um golpe, como algumas reportagens haviam sugerido anteriormente.
O Plano de Golpe e a Resistência Militar
O general especificou que a proposta para impedir a posse de Lula foi apresentada em dezembro de 2022, durante reunião do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira, com os chefes das Forças Armadas. Segundo Freire Gomes, o conteúdo dessa apresentação era semelhante ao "relatório de golpe" encontrado posteriormente na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. As hipóteses discutidas incluíram a aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), do Estado de Sítio e do Estado de Defesa.
A postura de Freire Gomes, e presumivelmente de outros altos funcionários que permaneceram fiéis à Constituição, foi fundamental para impedir o sucesso da tentativa de colapso institucional. A recusa do comandante da força terrestre em participar de uma aventura de golpe representa um obstáculo significativo. Este depoimento demonstra a profundidade da conspiração, que não se limitou a declarações altissonantes, mas se traduziu em planos concretos discutidos nos mais altos níveis de poder.
“Eu educadamente o avisei que, independentemente das medidas que tomasse, ele teria que considerar todos os aspectos (…) Se ele não considerasse todos os aspectos legais, além de não poder contar com o nosso apoio, ele poderia estar sujeito a uma ação judicial.” — General Marco Antônio Freire Gomes sobre conversa com Bolsonaro.
Este episódio e suas contínuas revelações podem suscitar um debate mais profundo sobre o papel das Forças Armadas na democracia brasileira e a necessidade de fortalecer os mecanismos de subordinação ao poder civil. A capacidade do STF de conduzir esta investigação e potencialmente processar um ex-presidente e altos oficiais militares por tentativa de subverter a democracia é um teste decisivo para a força e a independência do sistema judiciário brasileiro.
A investigação do STF continua, e mais de 80 pessoas, entre testemunhas de acusação e defesa, devem depor nas próximas semanas.
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La Verdad Yucatán